O índice de aprovação do presidente do Peru, Ollanta Humala, caiu ainda mais em julho, disse uma pesquisa divulgada no domingo, refletindo a crescente preocupação com a forma como ele lida com conflitos sociais cada vez mais violentos.

CARREGANDO :)

Humala, há um ano no cargo, sofreu a segunda queda consecutiva na pesquisa mensal. Desta vez, a aprovação dele caiu de 45 para 40%, enquanto 51% dos entrevistados reprovam sua gestão, segundo o levantamento do instituto Ipso Apollo.

O Peru é um importante fornecedor mundial de metais, mas um esforço para desenvolver a mineração no país tem desencadeado conflitos, por causa de preocupações ambientais e protestos de moradores locais que desejam uma maior participação nos lucros dessa atividade.

Publicidade

Neste mês, a ocorrência de mortes durante protestos contra a mina de Conga, um projeto de 5 bilhões de dólares da mineradora Newmont, motivou apelos para que Humala reforme seu gabinete.

Oponentes do projeto dizem que a mina irá poluir o ar e os mananciais, sem gerar benefícios econômicos significativos para a população local. Humala apoia o projeto, argumentando que ele irá gerar milhares de empregos e uma enorme arrecadação tributária.

"O conflito da Conga é o maior fator individual para explicar a deterioração da imagem de Humala", disse Alfredo Toreros, diretor da Ipso Apollo. "A dificuldade para o governo está no fato de que não há um amplo consenso sobre como resolvê-lo."

Humala assumiu o cargo em 28 de julho de 2011, prometendo medidas para que os peruanos pobres, 30 por cento da população, se beneficiassem do boom econômico no país. Neste primeiro ano de mandato, a mediação dos conflitos sociais tem sido o seu maior desafio.

Toreros disse, porém, que os antecessores de Humala tiveram quedas ainda maiores na sua popularidade nesse período de seus mandatos.

Publicidade

Alan García, por exemplo, tinha 32% de aprovação após o primeiro ano, e Alejandro Toledo ficou com apenas 18%.

Humala teve 50% de aprovação em maio e 45% em junho, segundo o Ipso Apollo.

A pesquisa, publicada pelo jornal El Comercio, ouviu 1.210 pessoas entre 11 e 13 de julho, com margem de erro de 2,8 pontos percentuais.