Confrontos deixaram 12 feridos; 14 foram presos| Foto: AFP - KHALED DESOUKI

Violentos confrontos foram desencadeados neste domingo (3) entre a polícia e criadores de porcos no Egito que tentavam evitar que os animais fossem levados para os abatedouros, como parte das medidas de prevenção contra a gripe suína (influenza A/H1N1). Doze pessoas ficaram feridas em Manshiyet Nasr, um bairro pobre do Cairo no qual muitos dos moradores criam suínos, após a polícia responder com balas de borracha e gás lacrimogêneo aos manifestantes que jogavam garrafas e pedras. Segundo a polícia local, 14 pessoas foram presas.

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Os policiais escoltavam os trabalhadores governamentais que chegavam aos locais para levar os porcos. O Egito ordenou o sacrifício dos 300.000 animais do país, a despeito de não ter registrado nenhum caso da gripe. A Organização Mundial de Saúde afirmou que era desnecessário sacrificar os suínos porque o vírus se dissemina de pessoa para pessoa. A campanha de eliminação dos animais tem encontrado resistência e protestos entre os empobrecidos criadores. O consumo e a criação de porcos estão, principalmente, restritos à minoria cristã do país, aproximadamente 10% da população. Os muçulmanos consideram a carne de porco impura.

A criação de porcos será retomada em dois anos em áreas construídas especialmente para animais importados recentemente, afirmaram as autoridades do Ministério da Agricultura aos meios de comunicação egípcios. Elas acrescentaram que as medidas contam com o apoio total dos líderes da comunidade cristã no Egito.

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O país foi bastante afetado pela gripe aviária em 2007, registrando mais de duas dezenas de mortos nos últimos anos. Cerca de 25 milhões de aves foram sacrificadas e a criação de aves de granja nas casas foi quase totalmente abolida.

Disseminação

A gripe suína continuou avançando neste domingo na Europa e na América Latina e pelo menos cinco países informaram novos casos, enquanto o México anunciou que 11 pessoas morreram nas últimas 24 horas infectadas pela doença. A notícia das mortes no México foi divulgada em um momento em que existiam esperanças de estabilização do avanço da doença no país.

A Colômbia anunciou neste domingo o primeiro caso da gripe na América do Sul, depois que o Peru desmentiu caso do vírus influenza A (H1N1) no país. "O paciente encontra-se com boas condições clínicas", afirmou o ministro da Proteção Social (Saúde) da Colômbia, Diego Palacio, em entrevista coletiva em Bogotá. Segundo o ministro, o doente estava em casa, acompanhado por sua família. "Ele retornou recentemente do México", disse.

A Colômbia tornou-se o 18º país a confirmar casos humanos infectados pela doença.

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