Homens armados entraram em confronto com policiais na sexta-feira em uma favela de Porto Príncipe, gerando temores de um reinício da violência política que atingiu o miserável país caribenho no mês passado.
Pelo menos uma pessoa morreu e várias foram presas depois que os manifestantes usaram pneus em chamas para montar barricadas nas ruas da favela Martissant, na zona sul, disse à Reuters o comissário policial Michaelange Gedeon.
Segundo Gedeon, os policiais foram recebidos a tiros no local. "Um (dos manifestantes) foi morto em um tiroteio com a polícia", afirmou.
Ele disse que a motivação do protesto não está clara, mas há temores de que um recente relatório de especialistas da Organização dos Estados Americanos (OEA) a respeito das eleições presidenciais de 28 de novembro gere instabilidade.
O relatório recomenda que o candidato governista a presidente, Jude Celestin, seja eliminado da disputa do segundo turno, contra a ex-primeira-dama Mirlande Manigat.
No mês passado, após a divulgação dos resultados do primeiro turno, partidários do cantor Michel Martelly, declarado terceiro colocado na eleição, fizeram protestos em diversos pontos do país.
Uma fonte do governo disse que o presidente René Préval manifestou "várias ressalvas" ao relatório da OEA, que ele recebeu na quinta-feira, e não está claro se ele irá acatar ou não as recomendações.
Por causa da polêmica pós-eleitoral, analistas dizem que o segundo turno só poderá ser realizado a partir de fevereiro.
- Um ano após tremor, Haiti amplia cifra de mortos
- Defesa: estado do Haiti continua tão grave quanto antes
- OEA diz haver evidências de fraude nas eleições do Haiti
-
Agro diminui demanda por mão de obra básica e “caça” profissionais qualificados
-
Como Lula se livrou de ter que devolver o relógio de grife que recebeu pela presidência
-
Hora das contas: o que está sendo feito para evitar que o Brasil tenha o maior imposto do mundo
-
CPAC tem discurso contra George Soros e interferência internacional nas eleições