Pelo menos duas pessoas morreram nesta quarta após a polícia do Iêmen abrir fogo contra centenas de estudantes que protestavam perto de uma universidade na capital Sanaa, numa nova rodada de confrontos no país, segundo uma fonte do setor médico.

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A universidade tem sido o centro das atenções dos manifestantes, que querem o fim de 32 anos de governo do presidente Ali Abdullah Saleh, um aliado importante dos Estados Unidos na luta contra o braço da Al-Qaeda na Península Arábica.

Cerca de 30 pessoas morreram nos sangrentos protestos ocorridos no empobrecido país desde o fim de janeiro, que já estava combatendo a insurgência xiita no norte, jihadistas ligados à Al-Qaeda, e um movimento separatista no sul.

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O ministro do Interior, Rashad al-Masri, negou as mortes nos conflitos de hoje, mas confirmou que várias pessoas foram feridas e uma delas estava em estado crítico. "Três manifestantes e três membros das forças de segurança feridos ainda estão no hospital. Ninguém morreu, mas um espectador, não um manifestante, foi gravemente ferido", disse o ministro à agência de notícias AFP.

Um funcionário da área médica disse que três manifestantes ficaram feridos por tiros, enquanto cerca de 60 outros sofreram ferimentos leves depois de serem espancados pela polícia ou inalarem gás lacrimogêneo. Um oficial de segurança afirmou que 12 policiais foram feridos por pedras jogadas pelos manifestantes.

Os confrontos começaram quando a polícia interveio para impedir os estudantes de expandir as suas barracas para uma rua próxima à Praça Universitária, onde os manifestantes estão acampados desde 21 de fevereiro.

Um policial, que foi ferido na violência, disse que os manifestantes "abriram fogo" contra as forças de segurança, que responderam da mesma maneira. "Quando os manifestantes ouviram o tiroteio, cerca de mil deles se reuniram para atacar as forças de segurança, e a polícia teve de usar gás lacrimogêneo para dispersá-los", afirmou. As informações são da Dow Jones.