Pelo menos 13 pessoas morreram em combates na Colômbia entre guerrilheiros e narcotraficantes como parte da disputa pelo controle de uma zona estratégica para a produção e venda de cocaína no sul do país, disse a polícia na sexta-feira.
Os Estados Unidos anunciaram nesta semana que intensificarão seus esforços para combater quadrilhas formadas por ex-paramilitares de direita, que se dedicam à exportação de cocaína, ocupando espaços deixados por antigos cartéis como os de Medellín, Cali e o Norte del Valle.
Os combates entre os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), principal guerrilha do país, e a quadrilha conhecida como Rastrojos ocorreram na zona rural do município de Argélia, no departamento do Cauca.
Essa área é estratégica para o tráfico de drogas e armas, por ficar perto de zonas de selva e do oceano Pacífico.
A notícia coincide com o processo de libertação de cinco reféns das Farc no departamento de Caquetá, que deve durar até domingo. Fontes do governo disseram que a operação não será afetada.
Tanto a guerrilha quanto os chamados "bacrims" (bandos criminais) faturam milhões de dólares com a produção e venda de cocaína, segundo fontes de segurança.
A Colômbia é o maior produtor mundial da droga, com cerca de 410 toneladas por ano, apesar dos avanços no combate ao tráfico, com ajuda dos EUA.
Desde 2000, a Colômbia já recebeu mais de 6 bilhões de dólares em ajuda militar norte-americana para o combate a guerrilhas e traficantes.
Os "bacrims" enviam mensalmente várias toneladas de cocaína para a América Central e o México, onde grande parte da droga é comprada por cartéis mexicanos, de acordo com fontes de segurança. Do México, a maior parte da cocaína segue para o mercado norte-americano.