São Paulo Com o agravamento do conflito armado entre facções palestinas, 17 pessoas, entre elas quatro crianças, foram mortas ontem na Faixa de Gaza.
Forças do Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, invadiram e incendiaram uma universidade ligada ao grupo islâmico Hamas, do primeiro-ministro Ismail Haniyeh. Em represália, comandos do Hamas atearam fogo à universidade mantida pelo Fatah. Somadas às vítimas da véspera, já são 24 os palestinos mortos.
Os 245 feridos em dois dias provocaram o colapso dos serviços de atendimento hospitalar, que esgotaram seus estoques de sangue para transfusão.
Representantes do Fatah e do Hamas concordaram à noite, em princípio, com um cessar-fogo, negociado nas dependências da Embaixada do Egito. Mesmo assim, prosseguiam de modo esporádico rajadas de metralhadora e de tiros com artilharia pesada.
Nizar Rayan, representante do grupo islâmico, disse que o objetivo é cessar as hostilidades. O porta-voz do partido do presidente Abbas, Abdel Hakim Awad, disse que detalhes da trégua seriam discutidos até ontem à noite.
Os confrontos não pouparam ambulâncias, que recolhiam cadáveres e feridos, e nem mesmo o hospital do Crescente Vermelho em Gaza, que foi metralhado e teve suas janelas e portões estourados por projéteis.