Três pessoas morreram durante confronto entre policiais e estudantes em uma distante província peruana, disseram autoridades nesta quarta-feira, um sinal dos conflitos sociais que aguardam o presidente eleito Ollanta Humala.
Segundo a agência governamental de direitos humanos do Peru, mais de 90 pessoas morreram em distúrbios sociais nos últimos três anos e meio no país.
Protestos têm se intensificado devido à percepção de que a população pobre não está sendo beneficiada pela prosperidade econômica do país nos últimos anos.
Em geral, conflitos relacionados a direitos por terras e águas opõem grupos indígenas ou moradores de localidades pobres a empresas estrangeiras de mineração e petróleo.
Mas o protesto desta semana em Huacanvelica, província mais pobre do Peru, no sul do país, foi protagonizado por estudantes que incendiaram prédios públicos, contrariados pela ameaça de cortes de verbas na universidade estatal.
"Eles incendiaram quase todos os escritórios do governo regional," disse o governador Maciste Diaz à Reuters. "Hoje esta questão será tratada pelo gabinete do presidente Alan García, para que se busque uma solução harmoniosa."
Depois dos cinco anos de crescimento sob o governo do conservador García, os peruanos elegeram o esquerdista Humala, em 5 de junho, por causa das suas promessas de melhoria das condições sociais para os mais pobres.