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Por volta de 22 mil paquistaneses fugiram das operações militares contra rebeldes islâmicos em uma região tribal próxima da fronteira com o Afeganistão, informaram nesta sexta-feira (4) um funcionário do governo e o exército.

A ofensiva, que inclui bombardeios aéreos, artilharia e infantaria, começou em 27 de janeiro em Mohmand, disse Roshan Khan Mehsud, representante do governo na região. Segundo ele, quase 100 rebeldes foram mortos e já houve "algumas baixas" no exército. Não foram mencionadas mortes entre civis.

O exército do Paquistão realizou várias operações na área nos últimos três anos. Os militares afirmam ter obtido avanços decisivos contra os extremistas, mas centenas de milhares de habitantes seguem longe de suas casas. Os relatos de civis mortos são numerosos, mas o exército não permite a entrada de jornalistas independentes na região.

Segundo Mehsud, as quase 22 mil pessoas que foram retiradas de suas casas pelas operações em Mohmand vivem em prédios do governo, escolas e três acampamentos distantes dos enfrentamentos. Ele acrescentou que a Organização das Nações Unidas (ONU) fornece água, comida e assistência médica a essas pessoas. Segundo o general Athar Abbas, porta-voz do exército, os desabrigados poderão voltar a suas casas em breve.

Os Estados Unidos pressionam o Paquistão para que tome medidas contra redutos do Taleban e da Al-Qaeda no noroeste do país. Segundo Washington, boa parte do extremismo no Afeganistão é planejado e financiado do lado paquistanês da fronteira. As informações são da Associated Press.

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