Confrontos no porto iemenita de Hudaida, no Mar Vermelho, deixaram ao menos 88 feridos enquanto policiais desuniformizados disparavam tiros e gás lacrimogêneo contra manifestantes, que responderam atirando pedras, segundo testemunhas e médicos.
Moradores disseram à Reuters que policiais armados com bastões, pistolas e pedras, atacaram milhares de manifestantes que marchavam nas ruas ao redor de uma praça onde estão acampados há semanas. Os manifestantes estão pedindo o fim do governo de 32 anos do presidente Ali Abdullah Saleh.
"Estamos pedindo ajuda e suprimentos médicos porque estamos realmente sofrendo da falta de estoques... a situação médica é muito ruim", disse o manifestante Abdul Jabar Zayed.
"Temos alguns amigos faltando e achamos que foram detidos, ainda estamos fazendo cálculos mas sem um número específico ainda."
A primeira rodada de confrontos deixou 15 feridos, dois levaram tiros e outros foram agredidos, às vezes com pedras, disseram os médicos, e manifestantes começaram a recuar para os acampamentos.
Mas confrontos surgiram novamente quando policiais atiraram gás lacrimogêneo contra os manifestantes, segundo testemunhas. Os manifestantes responderam marchando para fora do acampamento novamente, dessa vez em direção à entrada principal de Hudaida, disseram moradores à Reuters.
Os protestos no Iêmen, inspirados nas insurgências que derrubaram os presidentes do Egito e da Tunísia, reúnem dezenas de milhares de pessoas quase diariamente e agora entram no terceiro mês de manifestações.
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