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Tensão na fronteira

Confrontos em Darfur por base do Exército deixam 63 mortos

Uma disputa por um quartel do Exército sudanês perto da fronteira com o Chade matou 20 soldados e 43 rebeldes de Darfur, disseram autoridades nesta segunda-feira (25).

O grupo rebelde Movimento de Justiça e Igualdade (MJI) disse ter atacado o quartel na localidade de Umm Baru, no norte de Darfur, no domingo. Foi a segunda guarnição militar atacada em pouco mais de uma semana.

A força de paz conjunta da ONU e da União Africana originalmente disse que os rebeldes haviam dominado o quartel. Posteriormente, um porta-voz da missão, Kemal Saiki, disse que os relatos dos soldados estrangeiros estacionados no mesmo quartel eram confusos.

"(Os rebeldes) pressionaram, mas não dominaram o posto. Atribua (a confusão) à névoa da guerra", disse Saiki.

A força de paz posteriormente divulgou nota condenando a violência e acrescentando que 350 civis e 100 soldados do governo se refugiaram perto da base internacional de Umm Baru durante os confrontos.

"Urgente ajuda humanitária, particularmente comida, água, produtos médicos e tendas, é necessária para ajudar civis deslocados pelos combates", disse a nota.

O general sudanês Uthman Al Agbash disse à imprensa estatal que tropas do governo haviam afastado os rebeldes, e que havia 53 guerrilheiros mortos e 54 feridos. Ele acrescentou que 20 soldados foram mortos e 31 ficaram feridos.

"Os remanescentes das forças armadas do MJI fugiram para a fronteira Sudão-Chade", disse ele. Cartum acusa o vizinho Chade de patrocinar o MJI.

O conflito em Darfur opõe há seis anos rebeldes não-árabes, que acusam o governo de negligenciar a região, contra as tropas do governo e milícias árabes armadas por Cartum.

O governo diz que o conflito já matou 10 mil pessoas, mas a ONU estima que tenham sido 30 mil.

A tensão na fronteira Chade-Sudão tem se agravado nas últimas semanas. Os dois países, produtores de petróleo, acusam-se mutuamente de apoiar rebeldes no outro lado.

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