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Pelo menos dez pessoas morreram neste sábado (29) na capital Bangui atingidas por disparos de soldados da Missão da União Africana na República Centro-Africana (Misca) em um confronto com milícias civis cristãs conhecidas como "Anti-Balaka", informaram neste domingo à Agência Efe fontes militares e da Cruz Vermelha.

Segundo a Misca, o contingente do Chade das tropas da União Africana (UA) foi vítima de uma emboscada por parte de um desses grupos armados, que enfrenta desde dezembro no país os partidários dos ex-rebeldes Séléka, de maioria muçulmana, que tinham chegado ao poder por meio de um golpe de Estado em março de 2013.

"Os soldados chadianos voltavam de uma operação de busca no norte da República Centro-Africana, onde apreenderam grande quantidade de armas, explosivos e munição", contou à Efe o porta-voz da Misca, Francis Che.

Segundo ele, "ao chegar ao distrito de Bangui, os soldados caíram em uma emboscada de milicianos, aparentemente 'Anti-Balaka', e responderam na direção de onde procediam os disparos".

O tiroteio deixou dez mortos, segundo fontes da Cruz Vermelha centro-africana. Além disso, dezenas de pessoas ficaram feridas, entre elas dois soldados da Misca, e foram levadas ao Hospital Comunitário de Bangui.

A Misca alega que seus soldados responderam a um ataque armado e que dois militares ficaram feridos com gravidade.

"Os feridos são a prova de que nossos soldados foram atacados e que, de fato, não puderam fazer outra coisa que não fosse responder", disse o porta-voz.

Por sua vez, o coordenador político das milícias "Anti-Balaka", Patrice Edouard Ngaïssona, negou que seus homens tivessem feito uma emboscada aos soldados.

"Nenhum de nossos homens disparou. O que aconteceu foi um ato deliberado do contingente do Chade na Misca, e é realmente lamentável", afirmou Ngaïssona, em entrevista por telefone à Efe.

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