Três policiais do grupo islâmico Hamas e seis atiradores pró-Fatah foram mortos neste sábado na Faixa de Gaza, disseram médicos, em confrontos que podem complicar os esforços apoiados por países árabes para reconciliar as duas facções palestinas rivais.

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Os combates irromperam quando militantes armados do Hamas cercaram um bairro na cidade de Gaza para prender membros do grupo Helles, que supostamente estariam por trás de atentados com bomba que mataram cinco militantes do Hamas e uma menina na sexta-feira.

Membros do Helles, ligado ao presidente da facção palestina Fatah, Mahmoud Abbas, se entregaram ao Hamas depois de confrontos que também deixaram feridos cinco policiais do grupo islâmico e outras 90 pessoas, incluindo 16 crianças, disse uma autoridade do Hamas. O Fatah nega as acusações contra o Helles.

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O líder Ahmed Helles e um grupo de homens a ele ligados escaparam cruzando a fronteira israelense. Um porta-voz do Exércio de Israel disse que os soldados permitiram que Helles e seus homens cruzassem a fronteira e que alguns deles foram levados para tratamento em hospitais israelenses.

Um porta-voz do Hamas afirmou que o grupo prendeu cerca de 100 militantes armados, incluindo 10 pessoas que acredita estarem por trás dos atentados de sexta-feira, e também confiscou grande quantidade de armamento e explosivos.

A agência oficial de notícias palestina, a Wafa, disse que Abbas havia telefonado para Ahmed Helles, representante do alto escalão do Fatah na Faixa de Gaza, para expressar solidariedade. Abbas qualificou a ação do Hamas de "inaceitável" e um golpe para seu chamado de diálogo nacional.

A violência poderá prejudicar os esforços egípcios para reconciliar Fatah e Hamas. A tensão entre as duas facções atingiu o ponto máximo no ano passado quando o Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza, depois de desalojar da região as forças pró-Abbas.

O porta-voz do Hamas Islam Shahwan disse que um policial foi morto por um explosivo e outros dois por uma granada propelida por foguete durante o combate no bairro de Shejaia, na cidade de Gaza.

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Ehab al-Ghsain, porta-voz do Ministério do Interior do Hamas, disse: "A família Helles se tornou uma força militar e seus membros têm realizado ataques, sequestrado e mesmo matado pessoas. Nós temos de pôr fim aos seus ataques a civis inocentes".

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