Centenas de pessoas entraram em conforto com a polícia egípcia na praça Tahrir em um início violento do segundo aniversário da revolta que tirou Hosni Mubarak do poder e levou a eleição de um presidente islâmico, que está agora no centro dos protestos. Pelo menos 16 pessoas ficaram feridas.
Opositores ao presidente Mohamed Mursi e seus aliados muçulmanos devem se concentrar na praça Tahrir no fim desta sexta-feira para relembrar as demandas da revolução que eles dizem ter sido traída pelos islâmicos.
A praça estava calma no meio do dia, após confrontos de manhã entre a polícia e manifestantes que atiraram coquetéis Molotov enquanto tentavam se aproximar de um bloqueio a prédios do governo perto da praça. Nuvens de gás lacrimogêneo da polícia tomaram o ar.
O Ministério da Saúde disse que 16 pessoas ficaram feridas. A polícia chegou a usar um dos coquetéis Molotov lançados contra si para incendiar pelo menos duas tendas erguidas pelos manifestantes, disse uma testemunha.
Tentativa de invasão
O Ministério do Interior egípcio afirmou em comunicado que frustrou uma tentativa de manifestantes de invadir a sede da Academia de Ciências, próximo à praça Tahrir.
O órgão relatou que alguns manifestantes atiraram coquetéis molotov e pedras contra os policiais perto de um muro erguido em uma rua que leva à praça, e que os policiais lançaram gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
Incêndio
Um pequeno incêndio começou em um centro de adestramento do Ministério de Indústria egípcio, junto à Academia de Ciências, mas foi controlado pelos bombeiros, segundo a nota.
O Ministério do Interior assegurou que continuará seu trabalho de proteger as instalações públicas e privadas, e abortará qualquer tentativa de "violar a legitimidade".
Ontem, alguns manifestantes tentaram destruir um dos muros erguidos perto do Parlamento e da sede do Conselho de Ministros, no centro do Cairo, mas as forças de segurança voltaram a construir o trecho derrubado.
Mais do que comemorar o aniversário da revolução, as marchas terão um tom reivindicativo, já que os participantes querem insistir nos objetivos do movimento de 2011 e protestar contra "a pobreza, a alta dos preços, a insegurança e má administração".
Entre os idealizadores estão o Partido da Constituição, do prêmio Nobel da paz Mohamed ElBaradei; a Corrente Popular Egípcia, do esquerdista Hamdin Sabahi; o Partido Egípcios Livres; o Wafd;os socialistas e os movimentos Kefaya e Jovens do 6 de Abril.
Protestos tomam contra da Praça Tahrir