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Confrontos entre os dois governos rivais da Líbia chegaram a um terceiro porto de exportação de petróleo, afetando as exportações para a Itália e cortando a produção para um nível abaixo do que o necessário para cobrir as demandas domésticas do próprio país norte-africano, afirmaram autoridades.

O país, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), passa por dificuldades para enfrentar diversas frentes de combate, enquanto brigadas de ex-rebeldes, que antes combatiam lado a lado para derrubar o ex-presidente Muammar Gaddafi em 2011, hoje disputam poder político e frações das receitas de petróleo.

A Líbia tem dois governos e parlamentos diferentes desde que um grupo chamado Amanhecer da Líbia tomou a capital, Trípoli, em agosto expulsando uma facção rival e instalando seu próprio primeiro-ministro, forçando o gabinete internacionalmente reconhecido a governar a partir do leste do país, com a Câmara de Deputados eleita.

Enquanto Trípoli está pacífica há alguns meses, os confrontos surgiram há pouco mais de uma semana nas proximidades dos maiores portos de exportação de petróleo, Es Sider e Ras Lanuf, quando forças aliadas ao novo governo de Trípoli foram para o leste para tentar tomar o resto do país.

O governo reconhecido conduziu ataques aéreos contra o que chamou de alvos militares em Sirte, uma cidade central a oeste dos portos, afirmou uma autoridade militar. O ataque foi o último de uma série de ofensivas quase diárias. Um dos principais comandantes das forças rivais, Tarek Eshnaina, foi morto no conflito, afirmou um porta-voz em Trípoli.

Os campos de petróleo e gás conectados de Es Sider e Ras Lanuf pararam de funcionar, reduzindo a produção de petróleo em um volume estimado de 300 mil barris por dia, ante 1,4 milhão de barris diários no verão passado. As exportações de petróleo e gás são salvação econômica da Líbia.

Em uma nova frente, os combates chegaram a oeste de Trípoli, perto do porto de petróleo e gás de Mellitah, operado pela estatal National Oil Corp e a italiana ENI, afirmou a NOC.

O combate próximo aos portos de escoamento de petróleo foi complicado por uma outra batalha distinta entre forças pró-governo e rebeldes islâmicos em Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia. Ao menos 11 pessoas morreram e 63 ficaram feridas nos conflitos desta segunda-feira.

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