Um dia após o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) condenar as "graves violações" na Síria e cobrar sanções mais duras contra o governo do presidente Bashar al-Assad, 25 pessoas foram mortas no país em confrontos entre tropas oficiais e desertores do exército que aderiram ao movimento para derrubar o regime.
Na cidade de Idlib, no noroeste do país, rebeldes entraram em confronto com forças de segurança perto da sede do governo provincial, deixando 15 pessoas mortas, três delas civis que ficaram no meio do fogo cruzado, segundo informações do grupo de Observatório Sírio para os Direitos Humanos. As outras vítimas são sete soldados do regime e cinco rebeldes.
Já na província de Daraa, um civil foi morto a tiros, enquanto na região central de Homs mais seis pessoas foram assassinadas. Em regiões próximas à cidade de Idlib, também houve três mortes, segundo o Observatório.
Os protestos contra a ditadura de Assad, iniciados em março, eram liderados por manifestantes pacíficos, mas nos últimos meses desertores das forças de segurança começaram a se organizar e criaram o Exército Sírio Livre. Na quinta-feira (1), soldados rebeldes mataram oito pessoas e deixaram 13 feridos em um ataque a uma base de inteligência da força aérea em Idlib.
Em uma reunião na Turquia no fim do mês passado, o Exército Sírio Livre se encontrou com representantes da oposição civil, do Conselho Nacional Sírio, e ambos os grupos concordaram em coordenar seus esforços para derrubar o regime de Assad.
Na sexta-feira (2), a comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, disse que mais de 4 mil pessoas foram mortas nos protestos desde março. Pelo menos 12,4 mil teriam fugido do país. O Conselho liderado por Pillay aprovou uma resolução "condenando veementemente as amplas, sistemáticas e graves violações aos direitos humanos e liberdades fundamentais pelas autoridades sírias".
Os membros do grupo de Direitos Humanos das Nações Unidas também concordaram em nomear um investigador especial e entregar um relatório sobre os abusos na Síria ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. As informações são da Dow Jones.
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