Confrontos entre apoiadores do partido governista e da oposição já deixaram sete mortos e 61 feridos na Venezuela, informou nesta terça-feira (16) a procuradora-geral do país, Luisa Ortega. De acordo com a rede de televisão estatal, o ministro de Comunicação venezuelano, Ernesto Villegas, responsabilizou o candidato derrotado, Henrique Capriles, "pelos danos que sucederam (às eleições) e por qualquer outro cenário de violência que possa acontecer no país".
As tensões aumentaram na Venezuela depois de o presidente eleito Nicolás Maduro, herdeiro de Hugo Chávez, ter sido declarado vencedor pelas autoridades eleitorais, na noite de segunda-feira com uma margem de menos de dois pontos porcentuais sobre seu adversário. Capriles, que obteve 49% dos votos enquanto Maduro ficou com 50,8%, recusou-se a aceitar o resultado até que seja feita uma recontagem manual completa dos votos.
Além disso, a oposição também diz que foram encontrados milhares de casos de irregularidades nas sessões de votação e sustenta que, de acordo com contagem própria, Capriles deveria ter vencido as eleições.
Maduro, que num primeiro momento concordava com uma auditoria, e o presidente do Conselho Eleitoral Nacional (CNE, na sigla em espanhol) subestimam agora as chances da recontagem dos votos.
A oposição pediu que a população compareça em frente aos escritórios oficiais do Conselho Eleitoral nesta terça-feira e planeja marchar amanhã em direção à sede do Conselho em Caracas. Na noite de segunda-feira, Maduro também pediu a seus seguidores que saíssem às ruas hoje e amanhã e realizassem uma marcha na capital na próxima sexta-feira, quando ele deve ser condecorado presidente. As informações são da Dow Jones.
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