Um homem foi morto a tiros no Norte do Cairo durante a noite de confronto entre simpatizantes e opositores do governo islâmico do Egito, segundo fontes da área de segurança, aumentando a tensão antes de grandes comícios da oposição ao governo marcados para o próximo domingo. Um outro homem, também simpatizante islâmico, morreu devido a ferimentos de tiros recentemente em confrontos no sul da capital. A Irmandade Muçulmana descreveu os dois mortos como mártires.
A Irmandade também denunciou como política a decisão judicial deste domingo que pediu uma investigação sobre o seu papel na fuga em massa de presos durante a revolta contra o ex-presidente Hosni Mubarak. A antes banida Irmandade, do presidente Mohamed Mursi, vê os integrantes do Judiciário como leais aos seus inimigos.
O grupo tem criticado a campanha, por grupos de oposição, que visa forçar o presidente a renunciar com uma manifestação de milhões de pessoas programada para o dia 30 de junho. Segundo a Irmandade, a campanha é um ataque contra um governo legítimo.
Ativistas liberais e seculares dizem que recolheram 15 milhões de assinaturas a favor da renúncia de Mursi, mais do que os 13 milhões de votos que ele recebeu.
A Irmandade e os seus aliados fizeram um enorme comício na sexta-feira em apoio a Mursi, na capital egípcia. Alguns dos que discursaram falaram sobre respostas violentas aos esforços para remover o presidente do poder.
Um porta-voz da oposição, Khaled Dawoud, afirmou que esse tipo de retórica está alimentando os conflitos nas ruas.