Os combates registrados na segunda-feira entre os insurgentes e as forças ucranianas na cidade de Donetsk deixaram dezenas de mortos entre rebeldes pró-russos e civis, disse nesta terça-feira o primeiro-ministro da autoproclamada república popular, Alexander Borodai
Borodai disse que o número chega a 100. O prefeito da cidade, Alexander Lukyanchenko, afirma que o total de mortos é de 40. Ele disse a repórteres que haviam sido contados 38 corpos dos envolvidos nos combates na área do aeroporto. Não ficou claro quantos eram rebeldes, disse ele, acrescentando que dois civis também morreram.
O combatente separatista Dima Gau disse à Reuters: "Nós temos 29 ou 30 mortos no nosso lado, mas essa ainda não é a contagem final".
Os combates, retomados hoje, aconteceram no aeroporto da cidade, onde a aviação ucraniana lançou um ataque, e se estenderam depois para a estação ferroviária e outras partes desta cidade, reduto rebelde no sudeste da Ucrânia.
Borodai disse em entrevista coletiva que mais de 50 milicianos rebeldes morreram durante os combates com os soldados ucranianos, e o resto eram civis desarmados.
"Perdemos mais de 50 milicianos. Grande parte deles morreu em consequência do bombardeio do exército ucraniano contra dois caminhões "Kamaz" que transportavam feridos da zona de combates próxima ao aeroporto", assinalou.
O "primeiro-ministro" da república popular rebelde de Donetsk fez as declarações do necrotério do hospital da cidade, para onde foram transferidas as vítimas, informou a agência russa "RIA Novosti".
"Nossos dois caminhões 'Kamaz' foram bombardeados pelo ar, de helicópteros, e pela terra", acrescentou.
Borodai disse que a maioria dos mortos nas fileiras rebeldes caiu pelos ataques aéreos.
Os civis morreram pelos ataques do exército ucraniano em bairros residenciais, assinalou, e disse que as famílias "receberão compensações" das autoridades rebeldes.