Pelo menos nove pessoas ficaram feridas em uma série de distúrbios no estado de Mérida, no oeste da Venezuela, depois de um ato de campanha na quarta-feira (10) do candidato da oposição à Presidência, Henrique Capriles, segundo fontes oficiais.
Enquanto a oposição atribuiu os incidentes a pessoas afins ao governo, o governador de Mérida, o governista Alexis Ramírez, assegurou que a confusão foi obra de grupos de violentos seguidores de Capriles.
"Simplesmente, nós conseguimos persuadir esse grupo de 200 pessoas que vinha agredir o governo do estado. Deixou um saldo lamentável de nove feridos", disse Ramírez à televisão estatal, sem detalhar a gravidade dos feridos.
De acordo com o governador, entre essas nove pessoas está um funcionário da Guarda Nacional e outro da Polícia local.
A imprensa local reportou que depois do comício de Capriles grupos violentos afins ao governo depredaram o Palácio Arzobispal e a Universidade de Los Andes (ULA), além de perseguirem e agredirem seguidores de Capriles nas ruas.
O candidato da oposição usou o Twitter para rejeitar os atos de violência, que atribuiu ao governo.
"Cada abuso, cada atropelo, cada ameaça dá mais força para ir votar. Que ninguém fique sem votar", apontou.
No domingo (14), os venezuelanos deverão escolher o sucessor de Hugo Chávez, falecido em 5 de março, entre o presidente interino, Nicolás Maduro, e Capriles.