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A confusão em torno do número exato de corpos de passageiros do voo MH17 levados ontem de trem a Kharkov, no leste da Ucrânia, deve reabrir as buscas no local da tragédia.
Segundo Jan Tuinder, chefe dos peritos holandeses enviados ao país, a contagem inicial nos vagões chegou a 200, o que contradiz a informação de separatistas ucranianos de que tinham sido embarcados 282 ao todo, 298 estavam a bordo do voo da Malaysia Airlines.
Os passageiros eram, em sua maioria, holandeses o avião partiu de Amsterdã, na Holanda, com destino a Kuala Lumpur, na Malásia. Caiu na região da cidade ucraniana de Torez, controlada por separatistas pró-Rússia.
"Provavelmente, os demais corpos ainda estão na área do desastre", disse Tuinder, sem descartar que uma recontagem possa mudar o número.
A necessidade de retomar a busca exigirá uma nova negociação com os separatistas. A previsão é transportar parte dos corpos hoje para Amsterdã, após perícia preliminar da Interpol (polícia internacional).
A chegada das vítimas à Holanda deve ser marcada por um minuto de silêncio, em todo o país.
Pressão
Se ficar confirmado que os vagões levaram 82 corpos a menos do que se imaginava, deve crescer a pressão sobre os separatistas, acusados de terem derrubado, com um míssil, o avião.
Os rebeldes dominam o acesso ao local da queda e recebem críticas por terem alterado os destroços. Os separatistas fiscalizam os resgate dos corpos e o transporte à estação de trem de Torez, a 70 km de Donetsk.
Fotos da fuselagem têm sinais de míssil
Agência O Globo
Análises de fotos da fuselagem do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu no leste da Ucrânia na última quinta-feira indicam que o avião pode ter sido derrubado por um míssil SA-11, uma possibilidade que já havia sido levantada por membros do governo americano. De acordo com as análises, a fuselagem apresenta marcas de estilhaços, semelhantes aos causados pelo míssil, que conta com uma ogiva fragmentadora.
"As perfurações na fuselagem são consistentes com a entrada de um objeto externo no interior da aeronave. Muitas dessas perfurações parecem ter sido causadas por projéteis de alta velocidade", afirmou Reed Foster, um analista da consultoria de defesa IHS Janes que analisou registros fotográficos do jornal New York Times.
De acordo com Foster, as marcas nos destroços do avião são diferentes do que se esperaria no caso de uma explosão do motor da aeronave, e se assemelham aos perfis dos mísseis antiaéreos usados para destruir aeronaves militares que se movam em alta velocidade. Esses mísseis explodem criando uma nuvem de estilhaços.
Usadas contra um avião civil, que não possui defesas antimísseis, as capacidades destrutivas do míssil SA-11 traria "resultados devastadores", diz Foster.