Na primeira sentença de sua história, o Tribunal Penal Internacional, fundado em 2002, condenou ontem Thomas Lubanga, 51 anos, líder de milícia na República Democrática do Congo (ex-Zaire), por recrutar crianças para a guerra no país entre 2002 e 2003.
A pena ainda não foi definida, e Lubanga, que estava presente ao julgamento em Haia (Holanda), tem um mês para recorrer da decisão.
O julgamento foi festejado por entidades internacionais e pela alta comissária de direitos humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, que já foi juíza do TPI segundo ela, a sentença contra Lubanga é "um grande marco na luta contra a impunidade".
Outros analistas, porém, veem como limitado o alcance da corte, cujo trabalho de julgar crimes de guerra e contra a humanidade tem se restringido a países da África.