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Deputados destituídos envolveram-se na terça-feira num empurra-empurra com a polícia, ao tentar entrar no Congresso do Equador, agravando a disputa com o presidente Rafael Correa.

Um deputado sofreu uma lesão nas costas por ter sido jogado ao chão. Ele foi socorrido por uma ambulância, disse uma fonte do setor de saúde.

``Estamos numa situação de emergência e estamos sendo caçados'', disse a parlamentar banida Gloria Gallardo, de dentro do Congresso. ``A polícia está disposta a matar parlamentares.''

Com máscaras e escudos, a tropa de choque afastou os deputados. Bombas de gás lacrimogêneo foram detonadas. ``Eles nos atingiram'', disse a parlamentar da oposição Sylka Sanghez. ''Traidores!''

Manifestantes pró-Correa entraram em confronto com ativistas que apoiavam os parlamentares da oposição.

Cinquenta e sete deputados recusam-se a aceitar a decisão do tribunal eleitoral de bani-los, em represália à tentativa deles de anular uma decisão que permitira ao presidente Correa realizar um referendo para reduzir os poderes do Congresso.

Os deputados banidos perderam mais uma batalha legal na terça-feira, quando a corte constitucional rejeitou seu recurso. Mas eles devem persistir tentando reverter a decisão na Justiça.

O Congresso suspendeu as sessões por uma semana. ``O país passa por um momento de crise política e minha obrigação é proteger os parlamentares. O Congresso não terá sessão'', disse o presidente da casa, Jorge Cevallos.

O confronto é o maior desafio enfrentado por Correa desde que ele tomou posse, em janeiro. O Congresso equatoriano teve um papel importante na derrubada de três presidentes só na última década.

Os investidores temem que Correa tenha cada vez mais dificuldades para governar, embora sua popularidade seja muito maior que a de seus adversários do Congresso.

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