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PPK já enfrentou um processo de impeachment em dezembro de 2017, mas conseguiu permanecer no cargo | HO/AFP
PPK já enfrentou um processo de impeachment em dezembro de 2017, mas conseguiu permanecer no cargo| Foto: HO/AFP

O Congresso do Peru aceitou nesta quinta-feira (15) um novo pedido da oposição para realizar o impeachment do presidente Pedro Pablo Kuczynski. Foram 87 votos a favor do pedido, 15 contrários e 15 abstenções. A moção de vacância da presidência foi apresentada "por permanente incapacidade moral" de Kuczynski.  

Os deputados da situação foram contra a medida. O presidente do Legislativo, Luis Galarreta, disse que deve ainda ser fixada uma data para se debater a moção de vacância. Parte do Legislativo quer afastar o presidente por causa de seus supostos laços com a construtora brasileira Odebrecht. Na primeira tentativa, em dezembro, um grupo de parlamentares simpatizantes do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) e mais alguns da esquerda se abstiveram, o que impediu a destituição.

Pela lei, são necessários 52 votos para iniciar o trâmite parlamentar do impeachment no país. Kuczynski terá que se apresentar ao Parlamento na próxima semana para se defender e os deputados necessitarão novamente de pelo menos 87 votos para afastá-lo do poder.  

O presidente tem dito que não renunciará. "Minha consciência está limpa, não fiz nada de mal", afirmou na semana passada. Em dezembro, documentos mostraram pagamentos de US$ 782 mil da Odebrecht à Westfield Capital, consultoria privada de Kuczynski há mais de uma década, por assessorias financeiras. Alguns desses pagamentos coincidem com o período em que o agora presidente era ministro da Economia e primeiro-ministro do governo de Alejandro Toledo (2001-2006). O próprio Toledo enfrenta uma acusação de suposto suborno da Odebrecht e a Corte Suprema sugeriu recentemente que ele deveria ser extraditado dos Estados Unidos. Esse pedido, porém, depende do aval de Kuczynski, segundo a lei local.

Com informações da Associated Press.

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