
Eleições
Forças Armadas ficam à disposição do Tribunal Eleitoral
AFP
Tegucigalpa - As Forças Armadas de Honduras foram colocadas ontem à disposição do Supremo Tribunal Eleitoral (STE), a um mês das eleições programadas para eleger as autoridades para o período 2010-2014.
"Cumprimos com o artigo 262 da Constituição e 226 da Lei Eleitoral, que estabelecem que um mês antes das eleições gerais as Forças Armadas fiquem à disposição do STE", afirmou o presidente do órgão eleitoral, Saúl Escobar.
O STE prepara as votações em meio à turbulência da crise política gerada pelo golpe de Estado de 28 de junho, que depôs o presidente Manuel Zelaya e o substituiu por Roberto Micheletti para que governe até 27 de janeiro de 2010.
O resultado da eleição corre o risco de não ser reconhecido pela comunidade internacional caso não seja firmado um acordo para a volta de Zelaya à Presidência do país.
Prazo está no fim, diz representante dos EUA
Tegucigalpa - O subsecretário de Estado norte-americano para o Hemisfério Ocidental, Thomas Shannon, disse ontem, em Tegucigalpa, que "está acabando" o tempo para um acordo que ponha fim à crise que Honduras vive desde o golpe de Estado que, em junho passado, tirou Manuel Zelaya da Presidência. "Só temos um mês antes das eleições de 29 de novembro. Então, do ponto de vista dos Estados Unidos e da comunidade internacional, nós precisamos de um acordo o mais rápido possível", disse.
Tegucigalpa - As facções políticas adversárias em Honduras retomaram ontem o diálogo para resolver o impasse no país e expressaram a esperança de que um acordo poderá ser alcançado em breve. As duas partes voltaram a negociar um dia após diplomatas dos Estados Unidos terem instado as facções a serem mais flexíveis e encontrarem uma solução antes das eleições presidenciais marcadas para novembro.
Rodil Rivera, um representante do presidente deposto Manuel Zelaya, disse que poderá ser assinado um acordo que pedirá ao Congresso hondurenho que decida se Zelaya será restaurado ao cargo o ponto central do impasse. O governo de fato de Roberto Micheletti não confirmou se aceita que a decisão fique a cargo do Congresso, mas expressou a esperança de que um acordo pode estar próximo.
"Nós vamos resolver tudo sem olhar para o passado, apenas vamos olhar para a frente", disse a negociadora de Micheletti, Vilma Morales.
Vilma assegurou que sua equipe estava disposta a abordar o tema da restituição de Zelaya, grande foco do impasse atual, para se chegar a um acordo. Segundo ela, as duas partes concordam que há "um componente político e jurídico" na questão, dando a entender que o Parlamento pode resolver sobre a volta ou não de Zelaya. O presidente deposto exige que essa decisão fique nas mãos dos deputados, rechaçando a participação da Suprema Corte, segundo ele uma instituição envolvida no golpe que o derrubou em 29 de junho.
Estão marcadas eleições presidenciais em Honduras para 29 de novembro. Micheletti diz que a disputa eleitoral pode ser a saída para a crise, mas entidades e governos da região ameaçam não reconhecer as eleições caso o governo de fato siga no poder.
Zelaya foi expulso do país após o golpe, mas voltou escondido e desde 21 de setembro está abrigado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
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