Washington - O Congresso americano aprovou novos limites para a transferência de presos em Guan­­tánamo, medida que, na prática, significa um golpe nas promessas de Barack Obama de fechar o complexo prisional e oferecer processos judiciais a prisioneiros.

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De acordo com o jornal The New York Times, os fundos pa­­ra Guantánamo foram incluídos em um importante projeto de defesa que ambas as Casas aprovaram nos últimos mo­­mentos de trabalho do ano, na quarta-feira.

É pouco provável que Oba­­ma vete o projeto porque também autoriza bilhões de dólares em gastos para as guerras em curso no Afeganistão e no Iraque.

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Obama não mencionou diretamente a medida em uma entrevista coletiva de fim de ano, mas declarou que continua comprometido com o fe­­chamento da prisão, porque trata-se de um símbolo e "provavelmente a ferramenta de recrutamento número um" em sites terroristas.

Realizar esse objetivo, po­­rém, será mais difícil sob a no­­va lei de autorização de defesa. Uma das suas disposições proíbe a utilização de fundos para transferir aos Estados Unidos qualquer detido de Guantá­­namo, mesmo que seja para ser processado.

A segunda disposição proíbe a compra ou construção de instalações no interior dos Es­­tados Unidos para os detidos em Guantánamo. O governo havia planejado a aquisição de uma prisão em Thomson, no estado de Illinois, com a finalidade de manter detidos presos considerados muito perigosos para serem libertados e simultaneamente muito difíceis de serem processados.

A terceira norma proíbe a transferência de qualquer detido para outro país a não ser que o secretário de Defesa, Ro­­bert Gates, assine um documento garantindo a segurança do procedimento.

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