O Congresso dos EUA não aprovará novas sanções ao Irã antes do final de junho, para dar tempo à adoção de novas sanções multilaterais da ONU ao programa nuclear do país, disseram parlamentares na terça-feira.

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Câmara e Senado aprovaram, meses atrás, projetos diferentes com punições a Teerã e a empresas do mundo todo que fazem negócios com a República Islâmica. Agora, é preciso fundir os dois projetos em uma só lei, que será levada à sanção do presidente Barack Obama. No mês passado, a Câmara pediu aos negociadores que completassem essa adaptação até o final de maio.

Mas os copresidentes democratas da comissão de negociação, senador Chris Dodd e deputado Howard Berman, disseram na terça-feira que preferem esperar a votação das novas sanções no Conselho de Segurança da ONU.

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Sob pressão dos EUA, seis grandes potências definiram no mês passado essa quarta rodada de sanções multilaterais ao Irã, onde Washington e seus aliados suspeitam que haja o desenvolvimento secreto de armas nucleares. Teerã diz que seu programa atômico é totalmente pacífico, e que as sanções não lhe farão abdicar do direito a enriquecer urânio para fins civis.

"Sempre dissemos que duras sanções multilaterais são o meio mais efetivo para persuadir o Irã a cessar seus esforços de desenvolver capacidades para ter armas nucleares", disseram Berman e Dodd em nota conjunta.

Eles disseram que a proposta de resolução, com "sanções adicionais obrigatórias e úteis", superou o "ceticismo" deles com relação à ONU, uma vez que servirá de base para que a União Europeia e outros países "imponham sanções nacionais muito mais rígidas a Teerã em energia, finanças e outros setores críticos".

"Vamos usar as próximas semanas para assegurar que nossa legislação seja moldada para complementar e aumentar essas outras sanções o mais efetivamente possível", afirmaram os parlamentares.

"Continuamos completamente comprometidos em aprovar um pacote de duras sanções dos EUA na metade final de junho", acrescentaram.

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Os projetos já aprovados praticamente proíbem que empresas que fornecem gasolina ao Irã façam negócios com os EUA.

A resolução a ser votada pela ONU nas próximas semanas tem os bancos iranianos como principal alvo, além de estabelecer um regime de inspeções navais.