Ouça este conteúdo
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (7) um projeto de lei que visa prender imigrantes ilegais condenados por crimes relacionados a roubo no país, em sua primeira ação no ano, que é alinhada à agenda do presidente eleito Donald Trump.
Além de permitir uma maior atuação das autoridades de imigração, a proposta legislativa também dá poderes aos procuradores-gerais estaduais que acreditam que seu estado ou seus moradores foram prejudicados pelas políticas de imigração para processar o Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS).
A votação foi finalizada com 264 votos favoráveis ao projeto contra 159 que rejeitaram a iniciativa. Ao todo, 48 democratas votaram a favor da medida. A maioria nessa Casa é do Partido Republicano, de Trump, assim como no Senado, onde o caso será votado na próxima sexta-feira.
O episódio violento envolvendo a estudante de enfermagem da Geórgia Laken Riley, de 22 anos, foi usado na campanha do presidente eleito, Donald Trump, que assumirá o cargo no próximo dia 20, contra as políticas de imigração do presidente em fim de mandato, o democrata Joe Biden.
Em novembro do ano passado, o imigrante ilegal venezuelano José Ibarra foi considerado culpado de 10 acusações criminais, incluindo o assassinato da jovem, e condenado à prisão perpétua sem liberdade condicional.
De acordo com as autoridades, o venezuelano entrou ilegalmente nos Estados Unidos em 2022 e foi autorizado a permanecer no território enquanto seu processo migratório era analisado.
"Laken Riley foi brutalmente assassinada por um estrangeiro ilegal que o presidente Biden e os democratas deixaram entrar neste país com sua política de fronteira aberta", disse o presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, após a votação.
"É difícil acreditar, depois de inúmeras histórias horríveis como a de Laken, que qualquer democrata da Câmara votaria contra a deportação de estrangeiros ilegais que cometem crimes violentos contra cidadãos americanos", acrescentou Johnson.
O projeto de lei já havia sido aprovado em março do ano passado na Câmara dos Representantes, no entanto ele definhou em meio à oposição no Senado controlado pelos democratas, na ocasião.
Na próxima sexta-feira, data em que seria comemorado o aniversário da jovem morta, a nova formação do Senado poderá avançar com a medida.
O projeto de lei exige a detenção de uma ampla faixa de imigrantes, incluindo aqueles autorizados a entrar nos EUA em busca de asilo, se forem acusados de roubo, furto ou crimes relacionados.