O estado de Iowa é responsável em 1º de fevereiro pelo início da disputa à presidência dos Estados Unidos, com as primárias iniciais dos Partidos Democrata e Republicano, para definir os nomes que disputarão as eleições de novembro.
Os três mosqueteiros democratas
Além de ter sido primeira-dama, foi senadora pelo estado de Nova York e a primeira secretária de Estado do presidente Barack Obama, para quem perdeu a disputa interna pela indicação democrata em 2008. Ela começou a campanha como favorita absoluta, mas seus números claramente pararam de crescer, em especial depois do escândalo pelo uso de um servidor privado de e-mails quando era secretária de Estado. Ela permanece na liderança nas pesquisas gerais, mas pode perder nas duas primárias iniciais, em de Iowa e New Hampshire.
Senador independente pelo estado de Vermont, se descreve como um “socialista democrata” e defende uma “revolução política” que transforme o país. Atrai enormes multidões em seus comícios e tem o apoio das alas mais à esquerda do Partido Democrata. Ataca sem piedade o poder econômico representado por Wall Street e sua campanha não aceita doações de grandes corporações, apenas de pequenos doadores voluntários. Reduziu drasticamente a diferença para Clinton nas pesquisas e representa uma ameaça concreta à ex-secretária de Estado.
Ex-governador de Maryland, passou praticamente toda a carreira no serviço público, mas esta é a primeira vez que entra em uma disputa nacional. Encarna o desejo de uma nova liderança para o Partido Democrata e critica duramente as ‘dinastias’ políticas, como os Bush ou os Clinton, alegando que a presidência “não é uma coroa que se passa adiante”. Como governador, estimulou uma legislação que permite aos imigrantes sem documentos em Maryland obter uma carteira de motorista, um documento de identidade essencial nos Estados Unidos.
A legião republicana
O arrogante bilionário levou à campanha eleitoral a rispidez de seu personagem da TV. O discurso ‘politicamente incorreto’ atrai milhões, mas revolta a liderança tradicional do Partido Republicano. Provocou uma verdadeira tempestade nacional ao anunciar a proposta de fechar as fronteiras do país aos muçulmanos.
Senador cujo pai é um exilado cubano, excelente orador e defensor das causas ultraconservadoras, foi procurador-geral do estado do Texas. Não é visto com bons olhos pela liderança republicana, com a qual tem fortes divergências. Enfrenta questionamentos por ter nascido no Canadá, mas insiste que o detalhe não o impede de ser presidente americano.
Outro senador de origem cubana, Rubio fala espanhol e se apresenta como a futura geração da liderança republicana. Defende uma política externa agressiva, com forte presença militar em todo o mundo, e se concentra em estabelecer suas diferenças de Hillary Clinton.
Neurocirurgião aposentado, nunca ocupou um cargo público. Homem de fala pausada e de voz baixa que prega a compaixão e a tolerância, provocou um escândalo com comentários polêmicos sobre os gays e sobre a escravidão. Começou a campanha como uma estrela que se apagou rapidamente quando passou a ser mais conhecido. É o único negro na campanha.
Ex-governador da Flórida, é filho e irmão de presidentes. No início da campanha parecia o favorito natural. É o republicano mais aberto em questões migratórias e, com o apoio do partido, arrecadou muito dinheiro, mas seus discursos não conseguem atrair o interesse dos eleitores.
Enérgico e orador peculiar, é o governador do estado de Nova Jersey. Afirma que sua experiência como procurador federal é crucial na proteção ao país contra o “terrorismo”. Propõe uma reforma do sistema de impostos.
, gastou milhões de dólares de sua fortuna em uma tentativa fracassada de chegar ao Senado em 2010. Única mulher aspirante entre os republicanos, chamou a atenção em setembro com o bom desempenho em um debate entre candidatos, mas a partir de então seus números derreteram.
Governador do estado de Ohio, é um político conservador na área fiscal e moderado em termos políticos, à frente de um estado crucial na mecânica das primárias americanas. Tem grande experiência em Segurança Nacional por seus anos no Congresso.
O senador por Kentucky e excelente orador representa a ala libertária do Partido Republicano. Defende um governo mínimo e um partido que seja legitimamente conservador, inclusive em relação aos gastos militares.
Ex-governador do Arkansas, pastor evangélico e apresentador de um programa de televisão, está em sua segunda campanha presidencial. Sua retórica fortemente religiosa busca atrair os eleitores evangélicos das áreas rurais.
O ex-senador pela Pensilvânia é um dos favoritos da direita religiosa. Venceu a primária de Iowa na campanha de 2012, mas quatro anos mais tarde precisa de um milagre para repetir a façanha.