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Um vídeo divulgado nesta terça-feira (26) aumentou a tensão sobre a segurança de um dos maiores tesouros históricos do mundo: o sítio arqueológico da cidade de Palmira. Nas imagens, o grupo extremista Estado Islâmico (que pretende estabelecer um estado sunita radical em territórios da Síria e Iraque) mostra as ruínas da cidade síria, que está sob seu domínio há mais de uma semana.

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Felizmente na gravação, cuja autenticidade não pôde ser verificada e que foi publicada pela agência “Amaaq”, vinculada ao EI, não dá para ver destroços no local, situado no leste da província central de Homs.

Veja fotos das ruínas de Palmira.

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Pelo histórico de destruições causadas pelo grupo terrorista, no entanto, autoridades acham pouco provável que as ruínas possam se manter “intactas” por muito tempo.

O sítio arqueológico de Palmira é tombado pela Unesco. “É um extraordinário patrimônio da humanidade no deserto e qualquer destruição ocorrida em Palmira seria não apenas um crime de guerra, mas também uma enorme perda para a humanidade”, disse a diretora da organização, Irina Bokova, em um vídeo publicado pouco após a tomada da cidade.

Exército sírio afirma ter matado 140 jihadistas no nordeste do país

O Exército sírio afirmou nesta terça-feira (26) que sua força aérea matou 140 “terroristas” do grupo Estado Islâmico (EI) na província nordeste de Al Raqqah, o principal reduto dessa organização no país árabe.Uma fonte militar, citada pela agência de notícias oficial síria “Sana”, precisou que os aviões do Exército tiveram como alvo posições do EI

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Situada em um oásis, Palmira foi nos séculos 1 e 2 d.C. um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo e ponto de encontro das caravanas na Rota da Seda, que atravessavam o árido deserto do centro da Síria. Logo tornou-se uma cidade fundamental para o Império Romano (que a controlava), pois fazia a ligação com Pérsia, Índia e China.

Antes do início da disputa no país, em março de 2011, suas ruínas eram uma das principais atrações turísticas do Estado árabe e da região, graças a suas relíquias do período romano.

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Entre os pontos de destaque estão ruínas de construções como o Templo de Baal, considerado o edifício religioso mais importante no Oriente Médio do século 1.

A grande colunata, com suas colunas monumentais ornamentadas, e o Templo de Nabu, que tem hoje apenas pedaços, também são encantadores. Junto a estes pontos, é de valor inestimável o anfiteatro romano, hoje com nove fileiras de assentos, mas que chegou a ter 12.

Após a sua descoberta por viajantes, entre os séculos 17 e 18, a cidade síria foi considerada fundamental na evolução da arquitetura neoclássica e na urbanização moderna.

Vista aérea do sítio arqueológico de Palmira, na Síria, considerado Patrimônio Histórico da Humanidade
Castelo do período romano: ruínas de Palmira estão nas mãos dos extremistas do Estado Islâmico
Tetrapilon: estrutura composta por quatro conjunto de quatro colunas. Das 16 colunas de granito rosa, no entanto, só uma é original
Templo de Bel: era um dos principais templos da cidade e mantém-se relativamente bem conservado.
A Ágora era o centro da vida social em Palmira. Estima-se que a praça media 84 metros por 71 metros..
O anfiteatro de Palmira é uma das estruturas mais impressionantes das ruínas históricas: nove fileira ainda estão intactas nesta belíssima construção
Vista externa do anfiteatro, que fica anexo ao Templo de Bel

Jihadistas

Os jihadistas tomaram o domínio de Palmira no último dia 20. No sábado, o diretor-geral de Antiguidades e Museus da Síria, Maamun Abdelkarim, expressou à Agência Efe sua inquietação pelo futuro deste sítio arqueológico.

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Além disso, Abdelkarim lamentou que “a comunidade internacional não tenha feito nada para impedir a entrada do EI em Palmira”, apesar das chamadas das autoridades do país árabe.

No passado, os radicais destruíram locais arqueológicos na Síria e Iraque, e inclusive chegaram a gravar os destroços em vídeos, com fins propagandísticos.