Os 35 países que compõem a direção da agência nuclear da ONU vão examinar nesta sexta-feira uma resolução que repreende o Irã devido às crescentes suspeitas de que o país esteja desenvolvendo armas nucleares.
O documento já obteve consenso entre seis potências mundiais envolvidas na negociação. Para conseguir o aval da Rússia e da China, os EUA e seus aliados tiveram de abrir mão de medidas punitivas concretas contra a República Islâmica.
Na semana passada, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou um relatório corroborando as suspeitas ocidentais contra o Irã. Teerã reagiu reiterando o caráter pacífico das suas atividades, e dizendo que o texto aproveitava informações forjadas por agências ocidentais de inteligência.
"Há uma clara violação dos regulamentos para o pessoal (da AIEA), do juramento prestado pelo diretor-geral ao assumir o cargo, e também do espírito e da letra do Estatuto da AIEA, já que todos os Estados-membros devem ser tratados de forma equânime", disse o embaixador iraniano junto à AIEA, Ali Asghar Soltanieh, em carta ao diretor-geral da agência, Yukiya Amano.
Soltanieh queixou-se do fato de o relatório ter sido entregue antecipadamente aos EUA, à França e à Grã-Bretanha, e de que uma parte foi divulgada pela imprensa ocidental antes da apresentação oficial, em 8 de novembro. O Irã ameaçou recorrer à Justiça contra a agência.
A carta de Soltanieh, datada de 16 de novembro, foi distribuída na sexta-feira à imprensa em Viena (onde fica a sede da AIEA), pouco antes do início da reunião do conselho.
A resolução, patrocinada conjuntamente por EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha, China e Rússia, deve ser votada ainda nesta sexta-feira.
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