A liderança do Conselho Na­­cional de Transição (CNT) lí­­bio anunciou ontem o adiamento da formação de um novo go­­verno, até que o país esteja to­­talmente livre. De acordo com o prazo divulgado na quarta-feira passada, a transição de­­veria começar até o próximo sábado.

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"As consultas levaram à de­­cisão de adiar a formação do governo até depois da libertação", disse Mustafa al Huni, membro do CNT. O grupo de transição tenta, há vários dias, superar as divergências internas para formar um governo.

Ontem, as forças rebeldes líbias conseguiram entrar no centro de Sirte, cidade natal do ex-ditador Muamar Kadafi, e controlam vários pontos considerados estratégicos, como o porto, a universidade Etthadi e a ilha de Dhoran.

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"Mártir"

O site da emissora de televisão estatal do antigo regime divulgou, também ontem, mensagem do ditador deposto, em que ele afirma que permanece na Líbia e que deseja morrer como "mártir".

"Há heróis que resistiram e caíram como mártires e nós também esperamos o martírio", disse dito Kadafi em um discurso transmitido por uma rádio local em Bani Walid, um de seus últimos redutos, se­­gundo uma transcrição di­vul­­gada pelo site.

O ex-ditador falou para partidários de Warfala, uma das tribos mais importantes do país, que há semanas combatem as tropas do novo regime em Bani Walid, a 170 km ao sudeste de Trípoli.

Ontem, o chanceler cubano Bruno Rodríguez advertiu, diante da Assembleia Geral da ONU, que o "novo modelo de mudança de regime" lançado pelos Estados Unidos e pela Otan na Líbia pode afetar países da América Latina que não se submetam aos interesses de Washington.

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