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O Conselho de Segurança da ONU pediu na segunda-feira ao governo líbio que se empenhe ao máximo para localizar mísseis portáteis desaparecidos, a fim de mantê-los longe da Al Qaeda e de outros grupos militantes.

O apelo consta em uma resolução redigida pela Rússia, que aborda o risco representado por mísseis portáteis terra-ar, conhecidos como Manpads, que são capazes de abater aviões e helicópteros, o que os torna muito cobiçados por grupos militantes.

A resolução, aprovada unanimemente pelos 15 países do Conselho, manifesta "preocupação com a proliferação de todas as armas (...) da Líbia na região", e cobra do governo provisório líbio que "tome todas as medidas necessárias para evitar a proliferação de todas as armas".

O Conselho também pediu que a Líbia coopere com a Organização para a Proibição das Armas Químicas no sentido de destruir todos os estoques dessas armas que existam no país. Na semana passada, forças do governo líbio disseram ter encontrado arsenais químicos, que estariam sob guarda das novas autoridades do país.

O Conselho disse que a proliferação de armas líbias 'pode alimentar atividades terroristas, incluindo aquelas da Al Qaeda no Magreb Islâmico', um grupo com raízes na Argélia, qualificado oficialmente como organização terrorista pelos EUA e União Europeia.

Reservadamente, diplomatas do Conselho dizem que algumas armas líbias já foram parar na turbulenta região sudanesa de Darfur, de onde teriam sido transferidas por rebeldes para combatentes antigoverno em outras partes desse país.

A resolução foi aprovada pouco antes de expirar - às 23h59 de segunda-feira - outra resolução do Conselho de Segurança, que havia fornecido o embasamento legal para a ação militar da Otan que contribuiu com a derrubada do regime de Muamar Kadafi.

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