• Carregando...

O Conselho de Direitos Humanos da ONU decidiu nesta terça-feira proibir que o embaixador de Honduras em Genebra participe das suas sessões por representar o governo instaurado no país após o golpe de 28 de junho.

O diplomata José Delmer Urbizo foi convidado a se retirar do plenário da ONU em Genebra na segunda-feira, por iniciativa de governos latino-americanos contrários à deposição do presidente Manuel Zelaya.

Na retomada dos trabalhos, na terça-feira, o presidente do Conselho de 47 países, Alex van Meeuwen, disse que o delegado hondurenho não será autorizado a voltar.

"Recebi ontem à tarde uma carta, datada de 20 de agosto, indicando que o representante permanente de Honduras em Genebra não está credenciado como representante do governo de Zelaya," disse Van Meeuwen.

"Informei e consultei as partes envolvidas (...), e medidas apropriadas foram tomadas a esse respeito," acrescentou.

Posteriormente, a alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, fez um discurso que deveria ter sido lido na véspera, mas foi adiado por causa da confusão envolvendo Honduras.

Na terça-feira, a União Europeia aprovou uma nota alertando o governo provisório de Honduras sobre o risco de novas sanções caso não haja uma solução pacífica para a crise desencadeada pelo golpe.

Delmer Urbizo disse na segunda-feira que ele e seus colegas da missão hondurenha em Genebra voltarão a seus postos depois da eleição marcada para novembro.

Honduras não tem assento permanente no Conselho de Direitos Humanos, onde participava como observador.

A Assembleia Geral da ONU orientou os países a não reconhecerem o governo provisório hondurenho. Os EUA já suspenderam mais de 30 milhões de dólares em ajuda ao país e revogaram o visto do presidente interino, Roberto Micheletti, como forma de pressionar pela restituição de Zelaya no poder.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]