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A presidente da universidade de Harvard, Claudine Gay, em audiência na Câmara dos Estados Unidos na semana passada
A presidente da universidade de Harvard, Claudine Gay, em audiência na Câmara dos Estados Unidos na semana passada| Foto: EFE/EPA/WILL OLIVER

O conselho da universidade americana de Harvard divulgou um comunicado nesta terça-feira (12) para manifestar apoio à presidente da instituição, Claudine Gay, criticada após uma audiência no Congresso dos Estados Unidos na qual hesitou ao apontar o antissemitismo como uma atitude que violaria os códigos de conduta da universidade.

“Como membros da Harvard Corporation, reafirmamos hoje o nosso apoio à continuidade da presidente Gay na liderança da Universidade de Harvard”, apontou o comunicado, segundo informações da CNN.

“As nossas extensas deliberações afirmam a nossa confiança de que a presidente Gay é a líder certa para ajudar a nossa comunidade a se curar e a resolver os problemas sociais muito sérios que enfrentamos”, disse o conselho na nota. “Neste momento tumultuado e difícil, apoiamos unanimemente a presidente Gay.”

Na semana passada, numa audiência na Câmara dos Estados Unidos, Gay e outras duas presidentes de universidades americanas, Liz Magill, da Universidade da Pensilvânia (UPenn), e Sally Kornbluth, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), se recusaram a falar “sim” quando perguntadas se discursos pregando o genocídio do povo judeu constituiriam uma violação das regras de conduta nas suas instituições.

Na ocasião, Gay disse: “Adotamos o compromisso com a liberdade de expressão mesmo de pontos de vista questionáveis, ofensivos e odiosos – é quando esse discurso se transforma em conduta que ele viola nossas políticas contra bullying, assédio e intimidação”.

Parlamentares, principalmente do Partido Republicano, empresários e doadores de recursos a universidades americanas pediram a saída das três. Destas, apenas Liz Magill renunciou.

O conselho do MIT também se pronunciou, apoiando Kornbluth. Gay se desculpou pela sua fala em entrevista ao Harvard Crimson, o jornal estudantil da universidade, o que foi usado pelo conselho como justificativa para defender sua permanência.

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