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O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta terça-feira (24) por unanimidade a resolução para reforçar com 5.500 boinas azuis a missão no Sudão do Sul (UNMISS), o que eleva o número de soldados na região para 12.500.

A aprovação da minuta da resolução redigida a pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, prevê também o envio suplementar de três unidades policiais com 423 pessoas, três helicópteros de ataque, três helicópteros com fins utilitários e um avião de transporte militar C130.

"Não há solução militar para este conflito. É uma crise política que requer uma solução política pacífica", disse Ban após agradecer ao Conselho de Segurança pela pronta resposta.

O secretário-geral, que fez ontem sua solicitação através de uma carta dirigida ao presidente do Conselho de Segurança, Gérard Araud, ressaltou hoje a necessidade de pedir "a imediata cessão das hostilidades".

"Devemos abrir um diálogo, pedindo a todas as partes que cooperem completamente com a UNMISS e autorizem a atuação das forças temporárias de reforço, polícia e soldados de logística de outras missões da ONU", acrescentou.

Os soldados serão transferidos das missões de Congo, Darfur, Costa do Marfim, Libéria e da região sudanesa de Abyei para ajudar a frear a escalada de violência que matou centenas de pessoas nos últimos dias, depois que o presidente do país, Salva Kiir, acusar o ex-vice-presidente Riek Machar de uma tentativa fracassada de golpe de Estado.

Horas antes da votação no Conselho de Segurança, o exército do Sudão do Sul recuperou a cidade de Bor, capital da província de Jonglei, que estava sob o controle dos rebeldes desde a quinta-feira, enquanto a sede da ONU em Genebra revelou a existência de uma vala comum na cidade sul-sudanesa de Bentiu que pode ter até 75 cadáveres.

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