Sede da Nações Unidas, em Nova York: texto aprovado nessa sexta-feira mudou o tom da proposta inicial e pede medidas para “criar as condições para uma cessação sustentável das hostilidades”| Foto: EFE/EPA/JUSTIN LANE
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Após quatro dias de adiamentos e negociações, o Conselho de Segurança das Nações Unidas finalmente aprovou nesta sexta-feira (22) uma resolução para aumentar a ajuda humanitária à Faixa de Gaza, mas sem pedir um cessar-fogo, como estava previsto na proposta inicial.

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Os Estados Unidos e a Rússia se abstiveram, enquanto os outros membros do conselho votaram a favor da resolução.

A resolução solicita “pausas humanitárias urgentes e prolongadas e corredores em toda a Faixa de Gaza durante um número suficiente de dias para permitir o acesso humanitário completo, rápido, seguro e sem entraves” e medidas urgentes “para criar as condições para uma cessação sustentável das hostilidades”.

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O texto inicial, proposto pelos Emirados Árabes Unidos, falava em pedir diretamente “cessação urgente e sustentável das hostilidades”. A Rússia, apesar da abstenção, criticou a mudança no tom.

“Ao aprovar isto, o conselho estaria essencialmente dando às forças armadas israelenses total liberdade de movimento para uma maior ‘limpeza’ na Faixa de Gaza”, disse o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, antes da votação, segundo informações da Reuters.

Outro ponto que vinha travando as negociações era a possibilidade de as Nações Unidas substituírem Israel na inspeção da ajuda humanitária destinada à Faixa de Gaza.

Por fim, chegou-se a um meio-termo, no qual a secretaria-geral da ONU vai nomear um coordenador humanitário e de reconstrução para estabelecer um mecanismo para acelerar a ajuda a Gaza através de países que não são partes no conflito.

Esse coordenador também terá a responsabilidade “de facilitar, coordenar, monitorar e verificar em Gaza, conforme apropriado, a natureza humanitária” da ajuda.

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