O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou nesta terça-feira os atos que causaram as mortes de civis durante uma operação israelense contra um comboio de ajuda humanitária que ia em direção a Gaza e pediu uma investigação imparcial do episódio.

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Em declaração cuidadosamente elaborada e adotada após mais de 10 horas de negociações a portas fechadas, o Conselho também pediu a libertação imediata de navios e civis detidos por Israel.

Na segunda-feira, fuzileiros navais israelenses invadiram um navio turco que levava ajuda humanitária para Gaza, região palestina controlada pelo grupo islâmico Hamas e que sofre um bloqueio por Israel. Cerca de 700 pessoas a bordo foram detidas.

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O incidente, no qual, segundo Israel, pelo menos nove ativistas pró-palestinos foram mortos, gerou ampla condenação internacional.

A declaração de 24 linhas, lida para os 15 integrantes do Conselho pelo presidente do órgão, o embaixador Claude Heller, do México, afirma que o organismo "lamenta profundamente as perdas de vidas e os ferimentos resultantes do uso da força durante a operação militar israelense em águas internacionais contra o comboio que ia para Gaza".

"O Conselho, neste contexto, condena esses atos que resultaram na perda de pelo menos 10 (sic) civis e muitos feridos", acrescenta o documento. Declarações do Conselho de Segurança têm peso menor que resoluções, mas têm de ser adotadas por unanimidade.

Diplomatas disseram que as negociações tortuosas entre a Turquia, que levou a questão para a reunião de emergência do Conselho ao lado do Líbano, e os Estados Unidos, aliado de Israel, giraram em torno do uso da palavra "ato" no plural ou no singular.

"Ato", apoiado pela Turquia, teria implicado que Israel era o único responsável pelas mortes, enquanto "atos" sugerem que os ativistas, a quem Israel acusa de atacarem seus comandos militares, também têm alguma responsabilidade.

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