O Conselho de Segurança da ONU condenou fortemente o lançamento de um foguete de longo alcance da Coreia do Norte nesta quarta-feira (12) e disse que vai continuar as discussões sobre como responder a violações de Pyongyang, de acordo com o presidente do Conselho, Mohammed Loulichki. O Secretário-Geral, Ban Ki-moon, também classificou a medida como um "ato de provocação" em relação às resoluções que proíbem Pyongyang de desenvolver a tecnologia nuclear.
Após a reunião do Conselho de Segurança, Loulichki lembrou que em abril - quando a Coreia do Norte tentou lançar um foguete sem sucesso - o país já havia sido alertado sobre as possíveis punições em caso de qualquer lançamento.
Após adiar a operação dias antes, o país voltou atrás e lançou nesta quarta-feira um foguete, o que gerou críticas da comunidade internacional. A pedido do Japão, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para debater possíveis retaliações. A Península Coreana e a China estão na rota esperada do foguete, que deve cair na costa das Filipinas antes de o satélite ser colocado em órbita. Até Pequim e Moscou demostraram mal-estar diante do teste de Pyongyang.
"Os membros do Conselho de Segurança condenaram o lançamento, uma clara violação das resoluções do conselho de 1718 e 1874", afirmou o embaixador marroquino, atual presidente do Conselho de Segurança. "Continuaremos as consultas sobre uma resposta apropriada", afirmou após uma reunião a portas fechadas nesta quarta-feira.
Vários embaixadores também condenaram a medida. Antes da reunião, o francês Gerard Araud afirmou que esperava uma "forte reação". Para o britânico Mark Lyall Grant o conselho deve reagir "rapidamente e fortemente à provocação".
"Apoiamos uma forte reação pelo conselho, é uma violação clara", disse Araud. "Mas temos que ver o que nossos amigos querem."
A Casa Branca, por sua vez, disse nesta quarta-feira que a Coreia do Norte terá de assumir as "consequências" e que os Estados Unidos irão trabalhar com parceiros internacionais para isolar ainda mais Pyongyang.
"O presidente (Obama) está preocupado com o comportamento da Coreia do Norte", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. "Foi uma escolha do país (a de não respeitar suas obrigações internacionais) e, portanto, haverá consequências."
Segundo a agência oficial de notícias norte-coreana KCNA, o foguete decolou do centro espacial de Sohae às 9h49 (22h49 de Brasília), dois minutos antes do horário anunciado pelo exército sul-coreano. O satélite foi colocado em órbita nove minutos depois.
"O satélite está agora em órbita, evoluindo entre 499,7 e 584,18 km sobre a Terra", destacou a agência.
Fiscalização do Pix pode ser questionada na Justiça; saiba como evitar cobranças
Regulação das redes: quem é o advogado-geral da União que se posicionou contra Mark Zuckerberg
Impactos da posse de Trump nos EUA animam a direita; ouça o podcast
Sidônio toma posse para tentar “salvar” comunicação de Lula