O Conselho de Segurança da ONU declarou nesta quinta-feira o surto de Ebola na África como uma "ameaça à paz e à segurança internacional" e apelou a todos os Estados que forneçam recursos urgentes e assistência para ajudar no combate à doença.
O conselho de 15 membros aprovou por unanimidade uma resolução que pede também aos Estados "para retirar restrições gerais de viagem e de fronteira, impostas como resultado do surto de Ebola, e que contribuem para um isolamento maior dos países afetados e minam seus esforços para responder (à crise)".
A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta quinta-feira que vai criar uma missão especial para combater o Ebola, deslocando efetivos para os países mais afetados pela epidemia do vírus -Libéria, Guiné e Serra Leoa- para promover uma "mobilização rápida e grande" de pessoas, materiais, e recursos financeiros.
Em uma carta direcionada ao Conselho de Segurança da entidade, o secretário-geral Ban Ki-moon disse que irá indicar um enviado especial para chefiar a Missão de Emergência da ONU para o combate ao Ebola (UNMEER, na sigla em inglês), cuja base ficará na região.
Pelo menos 2.630 pessoas já morreram na pior epidemia do vírus Ebola desde que a doença foi descoberta em 1976, infectando pelo menos 5.357 pessoas na África Ocidental, afirmou a Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta quinta.