Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Revolta árabe

Conselho de Segurança da ONU encerra missão na Síria

Rebeldes carregam corpo de combatente morto em confronto com forças do governo na cidade de Aleppo | Goran Tomasevic/Reuters
Rebeldes carregam corpo de combatente morto em confronto com forças do governo na cidade de Aleppo (Foto: Goran Tomasevic/Reuters)

O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CS) decidiu ontem acabar com a missão de observadores da ONU para a Síria. O mandato do grupo, encarregado de monitorar a aplicação do plano de seis pontos proposto pelo enviado especial Kofi Annan, já havia sido prorrogado por um mês e terminará no domingo.

A justificativa é que os requisitos básicos para que a missão fosse mantida – uma redução significativa da violência e o fim do uso de armas pesadas pelo regime – não foram atendidos.

Os países membros do CS, no entanto, decidiram criar um pequeno "escritório", com assessores políticos e militares e especialistas em direitos humanos, para apoiar futuros esforços de paz.

"O que é mais importante é que vai ter uma presença da ONU, e esperamos que uma presença útil da ONU", disse o embaixador da França na ONU, Gérard Araud, atual presidente do Conselho.

A proposta de criar o escritório foi do próprio Annan – que deixará o posto de enviado especial em 31 de agosto – e aprovada por unanimidade no dividido Conselho.

A missão, que chegou a ter quase 300 monitores de diversos países no território sírio, teve início em abril.

Quatro meses depois, os 173 que ainda estão na Síria sairão sem a implementação de um cessar-fogo entre o regime e os rebeldes.

Após a decisão, o embaixador russo na ONU, Vitaly Chur­­kin, convidou os outro­­ membros permanentes – Chi­­na, EUA, França e Reino Uni­­­­do – e líderes regionais pa­­ra­­ analisar a situação síria em­­­­ reuniã hoje, em Nova York.

Segundo diplomatas da ONU ouvidos pela Reuters, o ex-ministro das Relações Exteriores da Argélia Lakhdar Brahimi já teria aceito suceder Annan como enviado especial para a Síria.

Ainda segundo a Reuters, fontes "ocidentais e do golfo [Pérsico]" informaram que­­ Maher Assad, irmão de ditador sírio, teria perdido uma perna no mesmo ataque a bom­­ba que matou quatro altos funcionários da Defesa em Damasco em julho. Ma­­her não é visto d esde o atentado. A rede Al Arabiya anunciou ontem que o primeiro-vice-presidente sírio, Fa­­ruk al Sharaa, teria desertado. A­­ informação não foi confir­­mada.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.