O Conselho de Segurança da ONU iria estava reunido novamente nesta sexta-feira (8) para discutir os crescentes conflitos na região separatista da Ossétia do Sul na Geórgia, e diplomatas disseram que esperavam que o conselho pedisse de forma unânime um cessar-fogo.
O conselho de 15 membros teve uma rara reunião de emergência na noite de quinta-feira, seguindo madrugada adentro, mas não conseguiu chegar a um acordo para um comunicado que pediria aos separatistas na Ossétia do Sul que parassem com o derramamento de sangue.
Diplomatas do conselho disseram que uma frase no comunicado era inaceitável aos georgianos, apoiados pelos Estados Unidos e pelos Europeus. A frase pediria que todos os lados do conflito "renunciassem ao uso da força", de acordo com um esboço do texto.
Mas o embaixador russo Vitaly Churkin disse a jornalistas, antes de entrar no local do encontro, que os cinco membros permanentes --Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Estados Unidos-- estavam próximos de um acordo para um comunicado aceitável.
Diversos diplomatas do conselho disseram a jornalistas que um novo texto faria um apelo às partes envolvidas para que elas se abstivessem de novos atos de violência -linguagem que pediria um cessar-fogo sem impedir o governo georgiano de usar a força para o controle de seu território no futuro.
Diplomatas disseram que houve um consenso entre os membros do Conselho de Segurança de que a situação corria o risco de ficar fora de controle e que a entidade considerada a guardiã mundial da paz e segurança tinha a responsabilidade de se envolver.
Na Ossétia do Sul, os serviços de imprensa reportaram que blindados russos penetraram ao norte da capital da região.
O governo de Moscou disse que suas tropas estão respondendo a uma agressão da Geórgia para retomar a Ossétia do Sul. O presidente georgiano, Mikheil Saakashvili, disse que os dois Estados estavam em guerra.