O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) convocou reunião de emergência nesta segunda-feira (28) para discutir os confrontos no Leste da República Democrática do Congo, durante os quais foi morto um membro da missão de paz da organização. A morte do capacete azul – como são chamados os integrantes das missões da ONU – foi causada por uma ofensiva das tropas do governo contra a milícia M23, em Goma, Nordeste do país. O tenente que participava da missão era natural da Tanzânia e foi atingido ontem (27) às 6h da manhã, no horário de Brasília.

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De acordo com a ONU, a milícia M23 é um grupo armado formado por rebeldes congoleses. Os confrontos entre o M23 e as forças do governo têm ocorrido desde março de 2012, depois do colapso de uma negociação entre as partes.

"Hoje, um dos nossos soldados da paz morreu quando protegia a população da cidade de Kiwanja. Presto homenagem de coração aos nossos capacetes azuis", disse o chefe da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Congo, Martin Kobler. Segundo comunicado da ONU, os integrantes da missão estavam apoiando uma ação das forças do governo congolês para proteger civis na área de Kiwanja-Rutshuru.

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A morte do capacete azul foi condenada pelo secretário-geral Ban Ki-moon, que reafirmou o compromisso da ONU em tomar as medidas necessárias para proteger os civis. "O secretário-geral oferece suas sinceras condolências e compaixão à família da vítima e ao governo da Tanzânia", informou comunicado de Ban Ki-moon.

O Conselho de Segurança da ONU adotou, em março, uma resolução pela qual criou uma brigada de intervenção encarregada de lutar contra os grupos armados, encabeçados pelo M23. A ONU estima que, desde novembro de 2012, mais de 100 mil pessoas tenham sido deslocadas da área, intensificando a crise humanitária que já havia no país, com cerca de 2,6 milhões de deslocados e 6,4 milhões de pessoas que necessitam de alimentos e ajuda emergencial.