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Guerra no Oriente Médio

Conselho de Segurança da ONU se reúne para discutir proposta que facilita entrada de ajuda humanitária em Gaza

Conselho de Segurança da ONU se reuniu seis vezes desde o início do conflito no Oriente Médio (Foto: EFE/EPA/JUSTIN LANE)

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas voltará a tratar nesta terça-feira (19) sobre a guerra no Oriente Médio e provavelmente votará uma resolução apresentada pelos Emirados Árabes Unidos para facilitar a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

A sessão estava marcada para as 15h (17h em Brasília) desta segunda (18), depois foi adiada para duas horas mais tarde e, por fim, remarcada para terça-feira para permitir negociações de última hora sobre a linguagem do texto, especialmente referências à cessação das hostilidades.

Os Estados Unidos já vetaram duas vezes, sozinhos, resoluções que pediam um cessar-fogo na Faixa de Gaza, argumentando, em uma ocasião, que reconheciam o direito de Israel de se defender e, em outra, que exigiam a libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas como condição para o fim dos combates.

A resolução inclui uma frase que "pede uma cessação urgente e sustentada das hostilidades" para permitir o acesso humanitário, e é nesse ponto que os EUA podem se opor, apoiando assim seu aliado Israel, que é contra qualquer tipo de trégua, alegando que isso serviria para o Hamas se rearmar e se organizar.

A Anistia Internacional já pediu aos EUA que aceitem a resolução porque "qualquer uso do veto significará mais mortes, fome e sofrimento", nas palavras de sua secretária-geral, Agnès Callamard, em sua conta na rede social X ( antigo Twitter), mensagem também enviada para o presidente, Joe Biden, e para o Departamento de Estado.

Exceto por essa frase sobre a cessação das hostilidades (ou "suspensão", como proposto pelos EUA), a resolução se concentra em mecanismos para garantir a entrada de ajuda humanitária, que deve ser monitorada pela ONU "por um período de um ano", e pede a libertação incondicional dos reféns mantidos pelo Hamas, mas também o fim dos ataques a civis e à infraestrutura civil.

O Conselho de Segurança já se reuniu seis vezes para discutir sobre a questão de Gaza, sendo que apenas uma vez chegou a um consenso sobre uma resolução sem vetos para pedir "pausas humanitárias urgentes e prolongadas" na guerra. Naquela ocasião, os EUA optaram por se abster.

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