O Conselho de Segurança da ONU atenuou na sexta-feira (16) as sanções à Líbia, inclusive à sua empresa petrolífera nacional e ao Banco Central, para permitir a retomada das operações de instituições relevantes após os sete meses de guerra civil.

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Por unanimidade, os 15 países do Conselho aprovaram uma resolução que também estabelece uma missão da ONU destinada a ajudar a Líbia a se reerguer depois da derrubada do regime de Muamar Kadafi.

A ONU havia imposto punições à Líbia seis meses atrás, por causa da repressão de Kadafi a manifestações pró-democracia. Depois disso, houve divergências no Conselho a respeito da aplicação de resoluções anteriores, principalmente a que permitiu bombardeios da Otan contra as forças de Kadafi, mas na sexta-feira todos se uniram em reconhecer o novo governo, já que os rebeldes agora dominam quase todo o território líbio.

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Na resolução de sexta-feira, o Conselho declara "sua determinação de assegurar que os bens congelados em cumprimento (a resoluções anteriores) sejam o mais rapidamente possível disponibilizados para o benefício do povo da Líbia".

A resolução suspende todas as sanções à Corporação Nacional Petrolífera Líbia e à Companhia Petrolífera Zueitina, como parte daquilo que o embaixador britânico Mark Lyall Grant disse ser um esforço para "ajudar na retomada da economia líbia".

O texto também elimina parcialmente as sanções ao Banco Central e a outras instituições líbias, mas ainda é preciso um aval especial do comitê de sanções do Conselho para descongelar o patrimônio retido.

O embargo armamentista continuará em vigor, mas o governo provisório da Líbia e a ONU poderão importar armas leves para a preservação da ordem.A resolução estabelece uma missão da ONU na Líbia, que segundo diplomatas consistirá de 200 pessoas, inicialmente por um período de três meses, com a tarefa de ajudar o governo na transição pós-conflito.

O texto, porém, não prevê o envio de forças de paz policiais ou militares como parte da nova Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia. Nem estipula o fim da zona de exclusão aérea no país, embora diplomatas tenham dito que empresas aéreas líbias serão autorizadas a operar, desde que notifiquem os monitores sobre o seu plano de voo.

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"Testemunharemos o nascimento de uma nova Líbia", disse a embaixadora dos EUA, Susan Rice, ao Conselho.