O Conselho de Segurança das Nações Unidas rejeitou na noite desta segunda-feira (16) uma proposta de resolução apresentada pela Rússia que pedia um cessar-fogo humanitário na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
O texto teve cinco votos a favor, quatro votos contrários e seis abstenções, não atingindo a votação mínima para ser aprovado (nove dos 15 votos do colegiado).
O texto pedia também a libertação dos reféns, ajuda humanitária e a evacuação de civis, mas não mencionava o Hamas, ainda que condenasse a violência contra civis e o terrorismo. No último dia 7, o grupo terrorista realizou um ataque que matou ao menos 1,4 mil pessoas em Israel, a agressão mais letal contra civis judeus desde o Holocausto.
Após a votação, Barbara Woodward, representante permanente do Reino Unido na ONU, comentou por que a resolução russa foi rejeitada no Conselho de Segurança.
“Não podemos apoiar uma resolução que deixa de condenar o ataque terrorista do Hamas. Como meu primeiro-ministro [Rishi Sunak] disse mais cedo hoje, as ações do Hamas foram um golpe existencial contra a ideia de Israel como uma pátria segura para o povo judeu”, disse Woodward.
A exemplo de Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, a representante britânica fez apelos para que fossem evitadas mortes de civis no conflito e garantida ajuda humanitária à Faixa de Gaza, mas voltou a criticar o texto russo.
“Essa proposta e esse processo não foram uma tentativa séria de alcançar consenso no conselho”, afirmou Woodward. O Brasil também apresentou uma proposta de resolução sobre a guerra entre Israel e Hamas ao Conselho de Segurança, que ainda não foi votada.
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