A junta militar que governa o Egito apresentou neste sábado um cronograma preliminar, segundo o qual as eleições presidenciais no país poderiam ocorrer até o final do ano que vem.
O conselho militar, que passou a governar o Egito após a queda de Hosni Mubarak em fevereiro, decretou na terça-feira que as primeiras eleições parlamentares do país desde a queda do ex-presidente vão acontecer em 28 de novembro.
O tenente-general Sami Anan discutiu o cronograma com vários partidos políticos que ameaçavam boicotar as eleições parlamentares caso suas demandas por uma mudança na lei eleitoral não fossem atendidas.
Há uma pressão cada vez maior de ativistas e partidos políticos para que os militares estabeleçam um prazo para deixar o poder. Desde que assumiram o poder, eles têm sido acusados de adotar muitas das práticas do regime de Mubarak, como o abuso físico de pessoas sob custódia e decisões unilaterais em questões importantes.
O conselho militar também não cumpriu a promessa inicial de devolver o poder aos civis num prazo de seis meses.
De acordo com o cronograma discutido neste sábado, o parlamento eleito se reuniria no final de março ou começo de abril e escolheria um comitê para elaborar a constituição. O documento seria submetido a referendo popular duas semanas depois de ser concluído, o que deve ocorrer até outubro.
Com a constituição aprovada, o caminho estaria livre para os partidos lançarem seus candidatos à presidência, e as eleições poderiam acontecer dentro de dois meses.
Segundo o plano, a presença de monitores internacionais será permitida, algo que os militares vinham rejeitando anteriormente. As informações são da Associated Press.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura