O Conselho Nacional de Transição da Líbia está pleiteando 2,5 bilhões de dólares em ajuda internacional até o final do mês, para auxiliar o país a se recuperar dos seis meses de guerra civil, disse o primeiro-ministro do CNT, Mahmoud Jibril, na terça-feira.

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Membros do CNT irão se reunir na quarta-feira em Doha com representantes de EUA, França, Itália, Grã-Bretanha, Turquia e Qatar para discutir a questão, disse Jibril em entrevista coletiva na capital do Catar.

Os rebeldes invadiram na terça-feira o complexo governamental de Muamar Kadafi em Trípoli, no que foi amplamente visto como o golpe final no regime dele, que durou 42 anos. O paradeiro do veterano líder líbio, no entanto, continua sendo um mistério. Os combates praticamente paralisaram a exportação de petróleo da Líbia, principal atividade econômica desse país membro da Opep.

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"Agora temos de nos concentrar em reconstruir e curar nossas feridas", disse Jibril, acrescentando que espera receber a ajuda "até o final do Ramadã, para que os salários dos líbios possam ser pagos e o tratamento médico daqueles que perderam membros possa ser fornecido."

O Ramadã, mês islâmico sagrado dedicado ao jejum, vai até o final de agosto.

Jibril também disse esperar que o patrimônio líbio congelado por outros países durante o conflito seja liberado.

"Descongelar o patrimônio será uma prioridade do governo transitório", disse o dirigente, estimando que há 160 a 170 bilhões de dólares em bens congelados. "Continuamos descobrindo fatos novos", afirmou.

Segundo ele, o foco do CNT será retomar a atividade nos campos e terminais petrolíferos assim que for possível. Antes de a guerra começar, a Líbia produzia cerca de 1,6 milhão de barris de petróleo por dia.

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"Nossa prioridade é a proteção dos campos. Como o grau de perigo elevado foi removido, vários poços poderão ser reparados e devolvidos à produção no futuro próximo", afirmou.

Analistas dizem que essa recuperação pode levar meses.