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O ex-ministro de Segurança e candidato do partido conservador Realizando Metas, José Raúl Mulino, confirmou o que as pesquisas eleitorais já indicavam: sua vitória como novo presidente do Panamá.
Com mais de 92% dos votos apurados até a noite deste domingo (5), o candidato de direita, escolhido de última hora após o ex-presidente Ricard Martinelli (2009- 2014) ter sido declarado inelegível por corrupção, já tinha 34,47% de apoio nas urnas.
O presidente do Tribunal Eleitoral do país, Alfredo Juncá, fez uma ligação para notificar Mulino da vitória. No mesmo telefonema, o eleito foi convidado para uma reunião na sede do poder eleitoral.
“Congratulo-me com os resultados expressos, que são a vontade majoritária do povo panamenho na nossa democracia”, disse Mulino após receber os primeiros resultados.
O sistema eleitoral do Panamá não permite segundo turno, vencendo quem obtiver maioria no primeiro pleito, independentemente do percentual. Em segundo lugar nas urnas apareceu o candidato de centro-direita e ex-cônsul em Washington Ricardo Lombana, com 24,9%, e o ex-presidente Martín Torrijos, com 16,01%, em terceiro.
Entre as promessas na curta campanha de Mulino, uma que ganhou destaque foi a de fechar a Selva de Darién, localizada entre a Colômbia e o Panamá, considerada um dos focos da atual crise migratória nas Américas.
Dados oficiais desses países revelam que cerca de 520 mil imigrantes fizeram a travessia ilegal apenas em 2023, a maioria venezuelana. A selva é controlada por criminosos colombianos e rende milhões de dólares todos os anos para a atividade migratória ilegal.
Nos anos em que atuou como ministro de Segurança no governo Martinelli, Mulino conseguiu fazer com que as forças militares do país acabassem com a presença das Farc no trecho da selva localizado no território panamenho.
Além de presidente, estiveram em jogo no Panamá 20 vagas no Parlamento Centro-americano e 71 na Assembleia Nacional.