O conservador Partido Popular (PP) ganhou as eleições municipais realizadas deste domingo na Espanha, que certificaram o apertado equilíbrio de poder com o Partido Socialista (governo), ao qual superou em 160 mil votos.

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Com 99,51% dos votos apurados, o PP obtém 35,65% dos votos, contra 34,93% dos socialistas, embora, apesar de ser o partido mais votado, os socialistas tenham feito mais vereadores, 24.017 frente a 23.331 dos populares.

Nas eleições regionais, os resultados refletiram a atual repartição de poder entre as duas forças majoritárias, que conservam seus principais redutos.

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Os espanhóis elegeram a composição de suas Prefeituras e os Governos de 13 das 17 regiões do país, todas exceto Andaluzia, Galícia, País Basco e Catalunha, que têm outro calendário eleitoral.

Os resultados são importantes não só pelas mudanças em nível local e regional que representam, mas também pelo valor indicativo do apoio com o qual contam socialistas e conservadores para as próximas eleições gerais, previstas em princípio para março.

À parte do significado político que tem a vitória em número de votos, os resultados não trazem grandes mudanças no panorama político espanhol, já que socialistas e populares mantêm seus redutos tradicionais, embora o PP possa perder o Governo de Navarra.

O PP conserva Madri, onde ganhou amplamente, ao vencer de novo as eleições tanto a Prefeitura quanto para o Governo regional.

Também conserva Castela e Leão, Múrcia, La Rioja, a Comunidade Valenciana e provavelmente Baleares, enquanto os socialistas continuam na frente de Castela La Mancha, Extremadura, Aragão e Astúrias.

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O líder do PP e rival de Zapatero nas próximas eleições gerais, Mariano Rajoy, proclamou que hoje "o Partido Popular volta a ser o principal partido da Espanha".

A esquerda radical independentista basca recebeu maior apoio nas eleições municipais e regionais realizadas hoje e venceu 17 Prefeituras nessa Comunidade Autônoma espanhola.

Os independentistas concorreram ao pleito com o partido Ação Nacionalista Basca (ANV), criado em 1930 e que quase não tinha atividade política até que foi reativado para estas eleições porque o Batasuna, braço político da ETA, não pôde concorrer por ter se tornado ilegal em 2003.

A esquerda independentista basca que se apresentou sob as siglas do partido Ação Nacionalista Basca (ANV), porque a legenda Batasuna foi considerada ilegal, também obteve 439 vereadores no País Basco e em Navarra.

A presença da ANV nestas eleições foi um dos pontos de maior confronto entre o PP e os socialistas. Os conservadores acusaram Zapatero de permitir com isso "o retorno da ETA às instituições".

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O índice de participação no pleito foi de 64%, três pontos a menos que nas eleições de 2003.