A nova Constituição equatoriana recebeu apoio de 65,26% dos eleitores até o momento, informou o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) hoje. Segundo o órgão, já haviam sido apurados 52,06% dos votos, na consulta popular realizada no domingo. O TSE informou que 27,02% dos equatorianos votaram contra a nova Carta. O restante representa votos brancos e nulos. As pesquisas de boca-de-urna realizadas por uma entidade independente mostravam a vitória do "sim" no referendo.

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A votação foi uma vitória para o presidente Rafael Correa. A Assembléia Constitucional, controlada por partidários de Correa, aprovou o texto de 444 artigos em julho, após quase oito meses de debate. Segundo membros da Assembléia, a nova Carta dará muito poder ao presidente, como por exemplo para dissolver o Congresso. Além disso, Correa controlará a política econômica, retirando a autonomia do Banco Central. O novo texto também prevê que Correa, que tomou posse no início de 2007, concorra à reeleição. A Carta prevê novas eleições para presidente e legisladores. Com isso, Correa poderia ficar até dez anos no poder

Em seu discurso de comemoração, Correa encerrou sua fala com o bordão "Até a vitória, sempre!". A frase, freqüente nas falas do líder equatoriano, tornou-se conhecida ao ser utilizada pelo revolucionário latino-americano Ernesto 'Che' Guevara. Correa qualificou a vitória do sim como "convincente". A campanha de Correa para mobilizar os equatorianos deve continuar nas eleições gerais previstas para o início do ano que vem, nas quais Correa é favorito.

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